Inverno

Inverno

Dor que faz a cabeça ter devaneios,

O maior deles é te ter novamente.

Faz tempo que nossos olhos só tem se preocupado,

Com visões erradas do mundo.

Optamos sempre pelo caminho mais fácil,

Mas no fim, ele não nos leva a nada.

Só nos leva a lugares que nunca fomos,

Fazendo-nos perder nossa inocência.

Cansei de ser sempre épica,

De narrar sua história.

Faça dela o que você fez com sua vida,

Enfie em qualquer caminho que encontrar.

Continue se entregando a qualquer beleza,

São apenas curvas que levam a acidentes.

Um rosto bonito não vale uma quantia que pagamos por dia.

Onde nasce um amor, nasce também o ódio.

Agradeça por muitos terem esse sentimento por ti.

Pelo menos lembram de você como o "Assombro do mê de junho."

Canto

Canto

Ao assoprar do vento,

Um canto do rouxinol dourado,

Brilhante de fogo, deslumbrante,

Surge arrependimento.

Enquanto giravam as rodas da bicicleta,

A vida tentava se equilibrar em dois pedais,

O orgulho e o amor.

Doença fria, tormento contínuo.

Erros do passado são cicatrizes profundas.

O amor próprio faz jorrar cera de vela derretida,

Derretidas pelo sol que não se cansa de brilhar.

A morte nos faz jurar a Deus, nosso arrependimento.

O Homem que só tem importância quando o mundo nos diz adeus.

Quadros e figuras amarelados com o tempo,

Retratam evidências e tentativas.

Mudanças.

Face De Um Poeta

FACE DE UM POETA

TEM CARETA, BRILHO E GRAÇA,

AQUELE QUE ESTREMESSE MEUS LÁBIOS.

JOGA AO VENTO SUAS PALAVRAS,

A BRISA TOCA, LEVA E TRAZ.

SINGELO, HOMEM RESTRITO,

AOS POUCOS SE FAZ ABERTO.

ÉS TÃO AMADO QUANTO IDOLATRADO,

PRÍNCIPE DAS LETRAS.

ÉS TÃO NOVO QUANTO VELHO,

NA CORRENTE DA CORRENTEZA,

ACORRENTE-NOS COM TEUS SIMPLES GESTOS,

E COM TUA VOZ QUE DE ANJO SE FAZ.

    De fato, um anjo

Incondicional é permanecer presente

Numa alma amável e adocicada.

Um perfume em que a fragrância é o afeto, 

E uma voz em que o tom é o cuidado.

Um prazer em fazer de 1 hora, 60 minutos,

Pra curtir cada segundo com ela.

De longe sentir teu coração bater

E ver tuas mãos se estenderem

Para lhe dar o mais aconchegante abraço.

Poder zelar por quem sempre lhe fez berço de proteção,

Por quem sempre fez do trigo, pão para lhe alimentar.

Se hoje choras, é de orgulho

Pois aquela semente atravessou o solo

E se tornou a mais bela planta de raiz forte.

Onde ele irá, teus cuidados sempre irão juntos a alma,

Levará sempre com ele os beijos, os carinhos.

Terás voz para dizer alto,

Que aquela que mais lhe apoiou em toda a vida,

É a mais bela de todos os anjos da terra.

Elo

 Um olhar, um gesto teu,

 Teu sincero sorriso apenas, um unico riso.

 A harmonia sintonia dos teus movimentos,

 A proeza,prosa,poesia de quem te ama.

 Bela, espera com ele um momento de paz.

 Afugenta-se em mares de marés calma.

 Teu coração é puro,belo e ingenuo.

 Como fazer para explicar,

 A bela humana que a cada vez que chora,

 Uma estrela se apaga?

 Então espere que a luz se acenda,

 Com faísca, lamparina ou vela,

 E vele por esse elo que é impossível de se cortar.

Silenciar

Aqui em casa

O silencio ecoa

Não há barulhos, nem sombras.

Há apenas Deus assoviando

E a brisa me confortando.

Não ha risos, nem choros.

Há apenas uma singela menina marota

A escrever e se deliciar com palavras uteis

Os passos ficam cada vez mais longe,

E na rua, crianças a brincar.

E dentro do meu coração,

Há uma melodia a tocar.

Apocalipse

Tenho levado sustos

Ao olhar bem de perto o horizonte.

Percebi que nada é infinito como parece.

No horizonte, vi o fim!

Guerras, tiros, mortes,

Fome, miséria, escravidão.

Gritos desesperados por terra.

Pais matando os filhos por loucura.

Sangue nas escadas da favela.

Olhos e mãos assassinos.

Dentes cravados nas unhas.

Ódio!

Mas Ele irá voltar,

E todos os ruins iram ficar.

Adeus para vocês, seus...

Obrigado por terem feito do paraíso, um pesadelo.

De terem jogado nas mãos dos miseráveis suas desgraças.

Agora se cortem, para sangrar,

Para que vejam a morte bem de perto,

Para que o tormento acabe, e vocês,

Possam ir logo para o inferno!